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As Guerras Púnicas.

Roma hoje é capital da Itália. Na Antigüidade foi a maior e mais importante cidade do mundo.
Entre 496 a.C. e 290 a.C., Roma formou o melhor exército que o mundo já vira e dominou as demais cidades latinas. Volscos, Équos, Sabinos, Etruscos e Samitas foram varridos do mapa. Senhora da península, para tornar-se a senhora do mundo, precisava vencer Cartago.
Cartago era uma cidade do norte da África, fundada pelos fenícios. Seus marinheiros fundaram colônias em todo o Mediterrâneo Ocidental e na Sicília, ilha ao sul da Itália.
Sendo um povo de navegadores, os cartagineses tinham uma poderosa frota.
"Cartago proibia aos marinheiros estrangeiros os percursos da Sardenha à Espanha e da Cirenaica às costas oeste da Sicília; rechaçava violentamente a pirataria; quando os cartagineses surpreendiam outros navios corriam-nos. O Mediterrâneo seria um mar cartaginês" (RIBARD, André. A prodigiosa História da Humanidade.) 
Roma, antes de enfrentar Cartago, dominou as colônias gregas do sul da Itália (Magna Grécia).
Para enfrentar Cartago, Roma construiu uma poderosa marinha que se tornaria a mais poderosa do mundo.Os navios romanos eram, quase sempre, cópias dos navios cartagineses, adaptados e construídos pelos artesãos gregos da Magna Grécia.













                                                                                                                                                                                   
Galera Romana.Baixo relevo.

Eram navios compridos, de baixo calado, movidos a remo e muito instáveis. Transportavam além dos marinheiros, uma tropa de legionários e o corvus, uma espécie de ponte móvel ligada ao mastro. Quando chegavam bem perto essa ponte era lançada ao convés do adversário. Por baixo da ponte havia um esporão de ferro que penetrava no casco mantendo os dois barcos unidos. Passando pela ponte os soldados romanos invadiam a embarcação inimiga.
Romanos e cartagineses enfrentaram-se em três guerras, as chamadas Guerras Púnicas. A Primeira Guerra Púnica (264-241 a.C.) foi travada pela posse da Sicília. Os romanos construíram uma grande frota, para invadir Cartago, mas uma terrível tempestade destruiu cerca de 250 navios romanos. Mais duas frotas foram construídas até que, em 256 a.C venceram a marinha cartaginesa e conquistaram a Sicília.
Entre 218 e 201a.C, ocorreu a Segunda Guerra Púnica. Aníbal, um general cartaginês, organizou um exército com 40.000 homens, uma cavalaria e elefantes. Atravessou o estreito de Gibraltar, cruzou a Espanha e os Alpes. Queria atacar Roma pela retaguarda. O frio, a exaustão e as avalanches detiveram um terço do seu exército. Apesar disto, Aníbal venceu duas legiões romanas no lago Trasimeno e em Canas (216 a.C.). Enquanto Anibal enfrentava os romanos na Itália, o general romano Cipião derrotava os cartagineses na Espanha. Em seguida invadiu o norte da África e atacou Cartago. Aníbal viu-se obrigado a voltar para defender sua cidade, mas foi derrotado por Cipião, em 202 a.C, na batalha de Zama.
Cinqüenta anos mais tarde os romanos empreenderam a Terceira Guerra contra Cartago. Depois de três anos de lutas destruíram a cidade e fizeram 40.000 escravos.
A vitória contra Cartago marcou o início da grande expansão romana. A marinha romana teve um importante papel nessa expansão. A partir de Otaviano (Otávio Augusto) passaram a ter uma esquadra permanente com cerca de setecentos navios, com bases na Itália e no Adriático, permitindo o comércio entre a Itália e o resto do mundo, a proteção das províncias e as grandes expedições de conquista da época Imperial.
A marinha romana assegurava tal controle do Mar Mediterrâneo que os romanos o chamavam de Mare Nostrum (o nosso mar).
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