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2.2.1844. Assumiu o cargo de Ministro da Marinha o Tenente Coronel Jerônimo Francisco Coelho que o exerceu até 23 de maio do mesmo ano.
Jerônimo Coelho era
catarinense e entre sua grandiosa obra no campo político, militar e cultural, foi fundador do primeiro jornal e da primeira Loja Maçônica em Santa Catarina.
2.2.1849. Os revoltosos da "Revolução Praieira" atacaram a cidade do Recife, mas foram derrotados pela força do Exército Nacional e pelos Imperiais Marinheiros.











.2.1865. O Almirante Joaquim Marques Lisboa (Marquês de Tamandaré), declarou bloqueado o Porto de Montevidéu (Guerra contra Aguirre).
2.2.1867. Bombardeio pela Marinha do Brasil do Forte de Curupaiti, durante a Guerra do Paraguai. Foi ferido a bala e veio a falecer, o Capitão-de-Fragata Vital de Oliveira, distinguido pelos seus conhecimentos de Hidrografia. Em 1876, nesta data, foi criada a Repartição Hidrográfica da Marinha do Brasil.
5.2.1836. Assumiu o cargo de Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha o Brigadeiro Salvador Jposé Maciel, criador do Corpo de Imperiais Marinheiros.
8.2.1827. Combate entre a força naval brasileira e argentina, na foz do rio Uruguai.
9.2.1822. O Príncipe Regente D. Pedro determinou o regresso a Portugal da força naval portuguesa que chegara ao Rio de Janeiro. Face à recusa inicial do comandante português, chamou os oficiais lusitanos a bordo da Fragata União e avisou-lhes: Já ordenei, e se não executarem amanhã, começo a fazer fogo.
Escola de
Aprendizes-Marinheiros de Santa Catarina:
147 anos formando homens do mar.


Prof. Adalberto Brito












Em sete de setembro de 1822, o Príncipe Dom Pedro proclamou, às margens do Riacho Ipiranga, a independência do Brasil, mas para que o novo país se tornasse realidade, foi preciso enfrentar uma grande resistência externa e interna.
Na Europa a antiga metrópole criou, o quanto pode, obstáculos ao reconhecimento e consolidação do Império.
No Brasil as províncias do norte e a Cisplatina recusaram-se a aceitar a separação, preferiram manterem-se fiéis às Cortes de Lisboa.
Num país sem estradas e com meios de comunicação extremamente precários, coube à Marinha o papel de garantir a nossa independência e integridade territorial.
As dificuldades financeiras e técnicas, para construir e tornar operacional a esquadra da independência foram muitas, mas o maior dos desafios, desde os primeiros dias, foi a falta de marinheiros nacionais.
Oficiais e marinheiros brasileiros eram uma minoria.
No combate às tropas portuguesas da Bahia, durante a guerra da independência, a esquadra comandada pelo Almirante Lorde Cochrane enfrentou a esquadra lusitana.  Durante a luta, os marinheiros da corveta Liberal e dos brigues Real Pedro e Guarani, que eram portugueses, mas guarneciam um navio da Marinha do Brasil, protegendo o país que haviam adotado e a um governo que haviam jurado servir, se revoltaram. As guarnições rebeladas se recusaram a entrar em ação, apesar de todo o esforço dos oficiais, declararam que "portugueses não se batem contra portugueses".
Este episódio nos mostra a importância de formar marinheiros nacionais, objetivo principal da criação, na segunda metade do século XIX, das Companhias de Aprendizes embriões das atuais escolas.
Santa Catarina, por sua posição estratégica e vocação marítima do seu povo, foi escolhida para sediar uma Companhia de Aprendizes, criada em 1857.
Era formada então por duas divisões, uma na cidade de Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis) e outra no sul do estado, em Laguna.
A da capital foi instalada às 9 horas da manhã do dia 5 de janeiro do ano de 1858, na Capitania dos Portos que ficava próxima ao atual Terminal Rodoviário da Rita Maria.
Funcionou em diferentes lugares da cidade, no Forte Santana, a bordo do Tapajós e da Barca São Francisco, no Quartel do Campo do Manejo, em uma casa na Praia de Fora e em Coqueiros.
A Escola de Aprendizes-Marinheiros de Santa Catarina completou este ano, cento e quarenta e seis anos de trabalho fecundo em prol da Marinha do Brasil e da Terra Catarinense.
Por ela passaram milhares de jovens que, de todos os quadrantes da terra brasileira, aqui buscaram ensinamentos, moldaram o caráter e se
prepararam para a defesa da Pátria que, de muitos deles, cobrou o sacrifício da própria vida.
Sabemos os nomes de alguns destes heróis: Amâncio da Trindade, Antonio Francisco de Souza, Antônio Inácio de Jesus, Antonio Joaquim Francisco, Belisário Eduardo, Eleutério do Nascimento, Francisco José da Rocha, João da Silva da Costa Freire, João José da Silva, José Victoriano, Manoel da Luz, Manoel Ferreira, Manoel Firmino, Manoel Serafim de Freitas, Maximiano Polycarpo de Lima e Pedro Antonio Bernardo, ainda meninos aprendizes que em 1869, completaram a idade legal de 16 anos e foram enviados para a esquadra durante a Guerra do Paraguai.
Nos conveses e praças de máquinas dos nossos navios, centros de formação profissional e de pesquisa, embarcações de apoio às populações ribeirinhas, unidades de balizamento, apoio à navegação, em centenas de unidades de terra e mar estão milhares de outros heróis do cotidiano, homens que dedicam sua vida a serviço da pátria, militares que devem sua formação inicial à nossa querida Escola de Aprendizes.
Equipada com os mais modernos recursos instrucionais e laboratórios, amplas instalações, quadras esportivas, apoio à saúde e um bem preparado quadro de Professores e Instrutores, a Escola de Apendizes-Marinheiros de Santa Catarina, o mais antigo estabelecimento de ensino, em atividade, na capital dos catarinenses, tem grande orgulho do seu passado, mas nele não vive, está continuamente buscando a modernidade e se preparando para o futuro.
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XRAY-SC: BEM-VINDOS
9.2.1826. Encontram-se a Esquadra Brasileira, sob o comando do Vice-Almirante Rodrigo José Ferreira Lobo e a força argentina. Ás 02h45 da tarde, trocaram os primeiros tiros. Os argentinos bateram em retirada.(Guerra da Cisplatina).
9.2.1827. Combate entre a Terceira Divisão da Esquadra, comandada por Sena Pereira e a força argentina (Guerra da Cisplatina).
10.2.1883. Faleceu no Rio de Janeiro, vítima do doença adquirida durante a Guerra do Paraguai,o ilustre catarinense Almirante Graduado Francisco Cordeiro Torres e Alvim, Barão de Iguatemi.
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13.2.1832. Na Vila de Cachoeira, na Bahia, é proclamado um governo independente do Império. É convocada uma assembléia constituinte e decretada a morte, por fuzilamento, do ex-Imperador do Brasil D. Pedro I.
16.2.1886. Faleceu no Rio de Janeiro o catarinense  Almirante Jesuino Lamego da Costa, Barão de Laguna e Senador pela Província de Santa Catarina. Devemos ao  Barão de Laguna e ao também catarinense Conselheiro José da Silva Mafra, os esforços junto ao Governo Imperial para a criação da Companhia de Aprendizes-Marinheiros de Santa Catarina (atual Escola de Aprendizes-Marinheiros de Santa Catarina).
19.2.1839. Combate entre as forças navais do Império e lanchões dos rebeldes farroupilhas.
19.2.1868. A Terceira Divisão da Esquadra, comandada pelo Capitão-de-Mar-e-Guerra Delfim Carlos de Carvalho, força a Passagem de Humaitá, no Rio Paraguai (Guerra do Paraguai).
20.2.1865. Assinado  o tratado que põem fim à Campanha Oriental (Guerra contra Aguirre).
24.2.1826. Troca de tiros entre a esquadra argentina e parte da força naval brasileira (Guerra da Cisplatina).
26.2.1826. Ataque da esquadra argentina à Colônia do Santíssimo sacramento (Guerra da Cisplatina).
24.2.1868. Encouraçados brasileiros bombardeiam o palácio da presidência e o Arsenal de Marinha em Assunção, Paraguai (Guerra do Paraguai).
Referência bibliográfica:
PALHA, José Egydio Garcez. Efemérides Navais. Rio de Janeiro, Serviço de Documentação Geral da Marinha, 1983. .
Turma SIERRA/SC. EAMSC.

Unidade 1.
O Poder Naval e o Domínio do Mar.




1.1. Poder Marítimo, o Poder Naval e o Domínio do Mar.













                                                                                                    NA- São Paulo.
A superfície terrestre tem apenas 30% de terra firme: os restantes 70% compõem-se de água (hidrosfera), em grande parte reunida sob a forma de oceanos.
O controle dos mares para fins comerciais e militares foi decisivo para a formação dos grandes impérios do mundo antigo e em todas as guerras ocorridas do século XVII ao século XX.

O Brasil tem um extenso litoral, uma importante indústria pesqueira e grandes reservas de petróleo na sua plataforma continental. Noventa e cinco por cento de todo o comércio exterior brasileiro é feito pelo mar, algo por volta de cem bilhões de dólares anuais. Três quartos do petróleo brasileiro são tirados do subsolo oceânico, quase um milhão de barris / dia. O mar teve e tem no nosso país uma extrema importância. Nossa História foi construída no mar e nele está o nosso futuro.
Desta forma o Brasil tem e precisa manter um grande Poder Marítimo, de vital importância em tempos de paz e de guerra.

Poder Marítimo: Constituem o Poder Marítimo, o Poder Naval (Marinha de Guerra), a Marinha Mercante,  bases navais, estaleiros, portos marítimos e fluviais. Poder Marítimo é a "capacidade resultante da integração dos recursos de que dispõe a Nação para a utilização do mar e águas interiores, quer como instrumento de ação política e militar, quer como fator de desenvolvimento econômico e social, visando conquistar e manter os Objetivos Nacionais". (ESG, 1998, p.112).

O
Poder Naval é parte integrante, o "braço armado do Poder Marítimo, destinado a defender os interesses da nação no mar".

Domínio do mar: Em caso de guerra, torna-se necessário impedir que o inimigo use suas comunicações marítimas, bem como garanti-las em proveito próprio. Quando se obtém isso, diz-se que se conseguiu o controle ou domínio do mar na área considerada.

Lutas pelo domínio do mar (século XVI ao XVIII):

Durante toda a História povos se degladiaram com o objetivo conseguir e manter um forte Poder Marítimo que lhes desse riqueza e poder político.
Na Antiguidade os Gregos enfrentaram os Persas pelo domínio do Mar Mediterrâneo Oriental, nas
Guerras Greco-Pérsicas. Durante este conflito, cuja vitória as cidades gregas dvem à marinha de Atenas, ocorreu(provavelmente) a primeira batalha naval: a Batalha de Salamina.
Roma e Cartago lutaram pelo domínio do Mar Mediterrâneo Ocidental, nas
Guerras Púnicas.
Foi a partir da vitória sobre os cartagineses que os romanos se projetaram como a grande potência do seu tempo.
Portugueses, espanhóis,holandeses e ingleses lutaram pelo domínio do Atlântico, do século XVI ao século XVIII.
Os portugueses enfrentaram os árabes para manter a
carreira da Índia, sua rota de comércio com os mercados orientais, cobiçada e ameaçada por espanhóis, holandeses e ingleses.
Durante a União Ibérica( 1580-1640), enfrentarão os franceses e holandeses, principalmente estes últimos, que 
invadiram o Brasil e outras possessões portuguesas, buscando controlar a produção e distribuição do açúcar e o domínio das rotas marítimas do Atlântico e Índico.
O controle do comércio no Mar do Norte e no Atlântico será motivo de inúmeros conflitos nos séculos XVII e XVIII.
Ingleses lutarão contra os holandeses, franceses e espanhóis.
Espanha e Inglaterra se enfrentaram nas gélidas águas do Mar do Norte.A derrota da Invencível Armada (124 navios, 1100 canhões e 27000 homens) deu a Inglaterra (197 navios, 2000 canhões, 16000 homens)marcou o início do declínio espanhol e o início de uma nova potência marítima, a Inglaterra, principalmente a partir do
Ato de navegação (Cromwell,1651)que fez crescer a marinha mercante e o poder naval inglês para defendê-la.
No século XVIII Napoleão domina quase toda a Europa, quer conquistar a Rússia e as Ilhas Britânicas.
No mar se determinou o fim das pretensões napoleônicas.
Os ingleses voltarão a lutar no mar para manter o domínio dos mares. Enfrentaram o Bloqueio Continental, imposto por Napoleão Bonaparte e o derrotaram na
Batalha de Waterloo.

1.2.O Poder Naval nas eras do remo e da vela. A galera e o navio de linha.
Da galera ao navio de linha.

Marinha a remo.
Os primeiros navios surgiram, provavelmente, há cerca de 3000 anos. Temos vestígios de navios de guerra assírios e egípcios desta época. Eram impulsionados a remo e tinham uma pequena vela quadrada.
Dos navios egípcios, possivelmente, se originaram as Galés ou Galeras, grandes  navios de guerra, impulsionadas a remo (embora também tivessem dois ou três mastros) e calado baixo.
Os fenícios armaram as suas com um esporão de bronze (rostrum), armado à proa, destinado a perfurar o casco do navio inimigo.













                                                                                                               Galera Grega.

Existiram Galeras com uma fileira de remos de cada lado (Unirremes), duas (birremes) e três (trirremes).  As galeras gregas tinham cerca de 40 metros e até 200  remadores. Os romanos, temidos por suas legiões terrestres,tiveram uma poderosa marinha de guerra. As galeras romanas tinham até  1800 remadores e eram equipadas com poderosos equipamentos de combate, torres, ganchos e uma prancha de abordagem, a ponte corvina.

Marinha a vela.

A vela, um equipamento auxiliar de navegação nos navios antigos, tornou-se a partir do final da Idade Média, um meio de propulsão que permitirá aos povos deixar as águas do Mediterrâneo e desafiar os oceanos.
Os mais famosos navios de guerra da Idade Média foram normandos (Vikings)
Dracar (vela quadrada, esguio,esporão), provavelmente os primeiros interoceânicos e  os Dromunda (birremes, vela triangular) bizantinos e árabes.
A partir do século XIII , disseminou-se  o uso da pólvora no Ocidente e nos primeiros grandes navios dos descobrimentos já são montados bombardas e canhões.
A artilharia e o uso de instrumentos náuticos como a bússola e o astrolábio, o cálculo da latitude e as cartas de navegação, permitirão as grandes viagens de descobrimento e exploração (Expansão Marítima) do início da Idade Moderna.
A
caravela, navio português de inspiração em barcos árabes, foi o navio das grandes descobertas dos séculos XV e XVI.
O crescimento do comércio, em função da
Expansão Marítima, gerou a necessidade de grandes navios capazes de transportar a maior quantidade possível de carga,  peças de artilharia e soldados para defendê-los. No século XVII os Galeões dominavam os mares.
Por serem imensos e pesados seu desempenho em combate não era bom. Em 1588 a
Armada Espanhola tentou atacar a Inglaterra. Os Galeões espanhóis não conseguiram vencer os navios ingleses, menores e mais manobráveis.

Os navios de linha.














                                      

                                                                                                    Linha de batalha. Batalha do Nilo.


A derrota da Invencível Armada Espanhola mostrou aos estrategistas a necessidade de se construírem navios de guerra com especificiações  para o combate e não simples adaptações em navios de carga.
No final do século XVII surgiram os chamados navios de linha, construídos para o combate e não para o transporte de carga.
Eram projetados para serem facilmente manobráveis e como plataforma para canhões. Deviam ser fortes para resistir ao bombardeio inimigo e grandes para carregar o maior número possível de peças de artilharia.
Tinham cerca de 70 metros de comprimento e podiam deslocar aproximadamente 3500 T. Carregavam 70 ou mais peças de artilharia, montadas no seu costado.
Em combate, eram organizados  em uma coluna contínua (um atrás do outro), daí a designação navio de linha, formando uma poderosa barreira de fogo.
O típico navio de linha daqueles tempos foi o H.M.S. Victory, usado pelo Almirante Lorde Horatio Nelson na Batalha de Trafalgar (1805). Ele tinha 69 metros de comprimento e leva 109 canhões. Em Portugal continuaram sendo chamados de naus.
A expressão navio de linha nasceu do surgimento da linha de batalha. A linha de batalha era uma tática de combate. Todos os barcos navegavam mantendo uma linha o que facilitava a comunicação (feita por bandeiras) e o combate.
A linha de batalha durou muitos anos e chegou a gerar duas escolas de guerra a inglesa e francesa. Os ingleses manobravam para atingir o casco do navio inimigo e impor o maior número de baixas possível.  Os franceses atiravam visando os aparelhos  para imobilizar  os adversários.
Logo após a Guerra da Independência (1776-1783), a Marinha dos Estados Unidos começou a empregar em combate navios menores e muito mais rápidos do que os grandes navios de linha. Eram as
Fragatas. Com menos peso e grandes aparelhos, conseguiam desenvolver grande velocidade. Foram de grande valia no combate à pirataria .
O Clipper, embarcação derivada a fragata, passou a ser usado no transporte de mercadorias e de passageiros. Surgiram as viagens de linha entre a Europa e América e Europa e Oceania.

Marinha a Vapor. 

No século XVIII surgiu a máquina a vapor que possibilitou
a
Revolução Industrial, mas vai ser somente na segunda metade do século XIX que vai ocorrer a transição do navio a vela para o navio a vapor e do navio de madeira para o navio de ferro.
Na Marinha de Guerra com os progressos da siderurgia, o aço passou a ser empregado na estrutura dos navios, permitindo a construção de fragatas maiores com casco mais afilado na proa e popa.
A
Batalha do Riachuelo (11.6.1865), em que a esquadra brasileira derrotou a do Paraguai, foi a primeira batalha travada entre navios exclusivamente a vapor .

Palavras a um jovem Aprendiz.


                                   Prof. Adalberto Brito.

Por tua vontade aqui estás.
Teu coração e razão te guiaram para dar este passo.
Queres ser um Marinheiro.
Se aqui chegas pensando em riqueza, afasta-te. Não ficarás rico servindo à Pátria. Teu soldo vai permitir que tenhas uma vida digna, possas constituir família, mas não acumular fortuna material. Tuas maiores recompensas serão a honra e a glória de ser Marinheiro.
Lembra-te que entregas tua vida à Marinha. Isto significa que ela deverá sempre estar em primeiro lugar. Terás de deixar tua casa, esposa e filhos, com bom ou mau tempo, sempre que ela de ti precisar e servi-la com toda a dedicação, seja em terra, no conforto de um camarote, mas também em um convés ou passadiço em meio ao fogo do inimigo.
Não te esqueças que o Marinheiro é um homem do mar.
O mar é de uma beleza sem par, mas de um furor incontrolável.
Quando passa a tempestade, tudo passa.
Não há paisagem mais bela, maior encanto. O céu está no horizonte, no horizonte está o céu.
É preciso que deixes, em terra, algumas coisas e te prepares de todo o coração para aprender novos ensinamentos e começar uma nova vida.
A Marinha é um Templo da Virtude, Honra, Camaradagem e Patriotismo que se sustenta nos pilares da Disciplina e Hierarquia.
A disciplina não é um fardo, mas uma virtude necessária em todos os momentos de nossa vida cotidiana. É primordial na caserna, onde deve haver regra, ordem, momento e lugar para cada coisa.
A Hierarquia não é um instrumento autoritário ou de submissão, mas uma forma de organização. Graças a ela temos certeza de quem receberemos as ordens, a quem devemos reportar. Estabelece nossas responsabilidades e nossos limites de ação.
O sentido da Honra deve estar presente em todos os momentos de nossa vida. Mesmo que ninguém nos olhe, saiba, veja. Deve estar em nossas mentes como o sangue em nossas veias.
Um Marinheiro tem honra. Jamais engana, mente, trapaceia. Se cometer alguma falta procura seu superior para acusar-se. Não usa de meios ilícitos. Cumpre seus compromissos, em especial os financeiros.
Trata a todos com urbanidade, respeito e cortesia.
É um bom camarada, um amigo sempre pronto a estender a mão, mas nunca para acobertar os erros.
Um soldado está sempre pronto para a guerra.
Cuida do seu corpo, da sua saúde.
Participa, estuda, exercita, aproveita cada momento de cada instrução, pois dela vai precisar e dela poderá depender a sua sobrevivência e de seus companheiros.
Espelha-se nos bons exemplos, dos modelos de virtude e profissionalismo, ignora a perfídia e a insensatez.
Deseja ardentemente a paz, mas quando for chamado está pronto para o combate. Este é o sentido da vida que escolheu.
Não espera recompensas, láureas, mas a alegria interior, recompensa do dever cumprido, de tudo ter feito para a grandeza desta instituição maravilhosa que um dia em sua juventude resolveu abraçar e pela Pátria que jurou com honra defender, mesmo com o sacrifício da própria vida.


Unidade 1
O poder Naval e o domínio do mar.
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Fevereiro na História
Fragmentos da História Militar de Santa Catarina
























Muito embora já em 1500, no mapa de Juan de La Cosa, piloto de uma expedição espanhola, já apareça claramente o litoral catarinense, o povoamento de Santa Catarina, de forma efetiva, só começou no século XVII.
Os primeiros habitantes europeus, tudo leva a crer, foram náufragos e desterrados de expedições espanholas que se dirigiam ao sul do continente e que buscaram abrigo em nossas baias.
No século XVI, a região fazia parte da Capitania de Santo Amaro e terras de Santana, doada a Pero Lopes de Souza que aparentemente pouco ou nada fez para ocupar as suas terras ao sul.
Foi só a partir de 1645, que chegaram os povoadores vicentistas, paulistas de São Vicente, fundadores das nossas primeiras povoações (Nossa Senhora das Graças do Rio São Francisco, Nossa Senhora do Desterro e Santo Antonio dos Anjos da Alaguna).
No século XVIII, recebemos levas de imigrantes Açorianos e Madeirenses, que moldaram o homem e a cultura do  litoral. No final desse século e nas primeiras décadas do século XIX,, a chegada de escravos africanos empregados como mão-de-obra na indústria da pesca da baleia.
No século XIX, vieram os imigrantes alemães, italianos e poloneses e nas primeiras décadas do século XX colonos vindos do Rio Grande do Sul os grandes desbravadores das até então pouco povoadas terras catarinenses.
Foram objetivos militares os determinantes da criação de um governo em Santa Catarina. Em 1680, os portugueses tinham fundado, em frente a Buenos Aires, a Colônia do Santíssimo Sacramento, dando origem a incessantes lutas que se arrastaram por quase dois séculos. Em 1738,  foi criada a Capitania de Santa Catarina.  Com a independência passou a denominar-se Província e proclamada a República, Estado de Santa Catarina.
Santa Catarina, por sua proximidade, adquiriu grande importância estratégica durante as guerras no sul. O primeiro governador foi um militar, o Brigadeiro José da Silva Paes que determinou a construção de um sistema defensivo da Ilha de Santa Catarina, formado pelas fortalezas como as de São José da Ponta Grossa, Santa Cruz de Anhatomirim, Ratones, Araçatuba e Santana. Em 1777,  a ilha foi invadida por uma esquadra espanhola, partida de Buenos Aires, sob o comando de D. Pedro de Zeballos.(Continua).
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FForte de Santa Bárbara (atual sede da SOAMAR) E Fundação Franklyn Cascaes, 1950.
FONTE: UFSC .
 
 
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"Quando não se pode fazer tudo que se deve, deve-se fazer tudo que se pode".
         
     Almirante Pedro Max Fernando de Frontin
Fevereiro de 2005.