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As Guerras Greco-Pérsicas
A Grécia é apontada, por muitos autores, como o "berço da civilização ocidental. Está situada no sul da Europa, sua capital hoje é a cidade de Atenas.
Na Antigüidade as cidades gregas eram independentes umas das outras, com economia e governo próprios, só tinham em comum o passado histórico, a língua e a religião. Eram Cidades-Estados (que os gregos chamavam Polis). As principais foram Atenas e Esparta.
Atenas era uma cidade litorânea, que vivia do comércio. Foi, durante muitos séculos, rica e poderosa. Foi em Atenas que surgiu o sistema democrático de governo.
Esparta, no interior, vivia da agricultura. Os espartanos eram conhecidos por seu amor a guerra (belicismo).
Na época do seu apogeu a civilização grega se estendeu pela Península Balcânica, Ilhas do Mar Egeu e litoral da Ásia Menor (atual Turquia). Os gregos também fundaram colônias na Sicília, sul da Itália e sul da França.
Os gregos foram grandes marinheiros e construtores de navios. Os primeiros barcos gregos "[...] diz Margollé, na sua História da Navegação, eram provavelmente barcos cobertos de popa a proa, podendo conter cinqüenta homens. O mastro móvel somente se aprumava para aproveitar-se ventos favoráveis. Seguiam os contornos das costas e as mudanças de rumo deveriam obrigar o freqüente emprego dos remos.
A proteção das suas frotas mercantes e a luta pelo domínio de novas rotas de comércio levou os povos da Antigüidade a construírem navios de guerra. "Os navios de combate, cuja marcha rápida era uma condição de superioridade, receberam uma forma alongada que os distinguia dos navios redondos e permitia colocar neles maior número de remadores. [...]Se as galeras eram brilhantes e esplêndidas em tempo de paz, no momento de combate pareciam revestir-se de uma armadura: largas chapas de metal couraçavam-lhes a popa, enquanto à proa avançava ameaçador um esporão, enorme barrote saliente, armado de uma ponta de ferro [...](BRAVO, Manuel Pinto. Curso de História Naval).















                                                                                                                                                                                      
Galera Grega.



A partir do século VIII a.C., devido ao crescimento da população e à falta de terras férteis, as cidades gregas empreenderam um processo de expansão conhecido como Colonialismo Grego.
O comércio enriqueceu a maioria das cidades gregas, principalmente Atenas e aumentou a rivalidade entre elas. "[...] Atenas disputava com Egina, que transbordava de escravos [...]. Esparta reinava no Peloponeso. Tebas dominava a Beócia e invejava a Ática" ( RIBARD, André. A prodigiosa História da Humanidade).
Ao mesmo tempo em que as cidades gregas cresciam e se expandiam, estava nascendo uma nova grande potência, o Império Persa.
Os Persas viviam no atual Iran. A planície iraniana foi povoada a partir de 1500 a.C. por diversos grupos, entre eles os medos e parsas (persas). Os medos dominaram os parsas até 558 a.C, quando Ciro os derrotou e uniu os dois povos sob seu comando. Excelente estrategista formou um Império que compreendia o Irã e a Mesopotâmia.
Câmbises, seu filho, estendeu os domínios persas até o Egito.
Dario I, o Grande, sucedeu Câmbises e planejou dominar o mundo.
Inicialmente a expansão persa, de certa forma, beneficiou os comerciantes gregos da Ásia Menor, mas quando os persas conquistaram a Fenícia passaram a usar os barcos e comerciantes fenícios para o seu comércio A partir deste momento os persas, em expansão, se tornaram uma ameaça aos atenienses. Em 499 a.C. a cidade de Mileto liderou uma revolta contra os Persas. Em 494 a.C. a frota fenícia (aliada aos persas) derrotou os revoltosos.
Em 492 a.C. uma grande expedição naval, comandada por Mardônio tentou invadir o território grego. Violentas tempestades destruíram a esquadra persa.
O avanço de Dario na Trácia e a conquista da cidade grega de Egina forçaram os atenienses a reagir.
O primeiro choque se deu em 490 a.C. Os atenienses, sob o comando de Milcíades, enfrentaram o exército persa na famosa Batalha de Maratona. Os persas voltaram aos seus navios e bateram em retirada. Começavam as guerras conhecidas como Guerras Greco-Pérsicas (Guerras Médicas).
Em 480 a.C., o novo governante persa, Xerxes, fez outra tentativa de conquistar o território grego. Imensas forças navais e terrestres invadiram o Peloponeso. Conseguiram derrotar os espartanos, comandados por Leônidas, no Desfiladeiro das Termópilas, mas foram vencidas pela esquadra grega, sob o comando do ateniense Temístocles, na Batalha de Salamina..
Manuel Pinto Bravo assim nos relata: "[...] O espírito engenhoso de Temístocles lembrou-lhe ainda armar a proa de seus navios com um esporão de bronze para mais facilmente destruir e meter a pique as naus inimigas. [...] Os navios gregos são mais ligeiros e manobram com mais presteza que os dos Persas, enormes e pesadas construções. [...] Temístocles escolhe, para atacar a linha inimiga, a hora em que certa brisa periódica sopra, vinda do sul, dentro do canal; os navios gregos [...] são pela brisa empurrados contra os navios persas aos quais, por lhes soprar de proa, tinham seus movimentos ainda mais dificultados. [...]
Temístocles, acompanhado por duas galeras, acomete a nau de Ariamenes, almirante contrário e põe-na a pique. Tal sucesso acaba por desconcertar os Persas, que mais não cuidam que em retirar-se  (BRAVO, Manuel Pinto. Curso de História Naval).
Xerxes, do alto de uma colina assistiu a derrota. Por terra regressou à Ásia, deixando na Grécia 300.000 soldados que em 479 a.C., na Batalha de Platéia, foram aniquilados pelas forças das cidades de Esparta e Atenas. No ano seguinte, na Batalha Naval de Micala (Micale), próximo da Jônia, os navios remanescentes da esquadra persa foram derrotados. Esta batalha tem uma curiosidade. A esquadra persa foi destruída em terra.

Referência bibliográfica:

BRITO, Adalberto. Textos de História Naval. Florianópolis, Editora Saint Germain, 2003.

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