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" Não há pela terra dentro povoações de portugueses por causa dos índios que não o consentem, e também pelo socorro e tratos do Reino lhes é necessário estarem junto ao mar para terem comunicação de mercadorias. E por este respeito vivem todos junto da Costa." 

Pero de Magalhães Gândavo no seu  Tratado da Terra do Brasil , uma das primeiras obras que descreve, no século XVI , as terras e os habitantes do Brasil, já se referia a importância do mar para a cmunicação, transporte e defesa.
As dificuldades de acesso ao interior, a presença do indígena, o clima, as doenças tropicais, as montanhas, determinaram que as povoações portuguesas fossem localizadas junto ao mar, para terem comunicação de mercadorias e todas têm portos muito seguros, como afirma Gândavo.
Não obstante mais de quinhentos anos nos distanciarem do momento em que este texto foi escrito e o desenvolvimento tecnológico e a vontade dos brasileiros terem vencido os obstáculos naturais, não diminuiram  a importância da costa e dos seus portos seguros.

Oitenta por cento do comércio mundial é feito pelo mar. País de proporções gigantescas o mar tem para o Brasil, importância vital. São mais de 9000(9200) quilômetros de litoral, onde se concentram até hoje, a maioria das cidades, indústrias, população e riquezas.
É portanto, deste ponto de vista, inegável a importância da Marinha do Brasil. Ela está presente, vinte e quatro horas por dia, guarnecendo a costa e os pontos mais inóspitos do nosso território, assistindo às populações ribeirinhas,salvando vidas e nos seus  centros de ensino e pesquisa, preparando o amanhã.
Sempre foi assim.

A Marinha do Brasil nasceu com a independência.
Coube a ela garantir o "Grito do Ipiranga", mas mais que isto, construir a unidade nacional.
A Marinha impediu a fragmentação do nosso território, nos legou um país continental com 8511965 quilômetros quadrados. Por suas dimensões, riqueza e povo, não haverá quem possa barrar seu destino de liderança e glória entre os povos do mundo inteiro.
A História da nossa pátria registra inumeráveis momentos em que esta grandeza foi ameaçada.
Nos movimentos do norte como a Confederação do Equador e mais tarde a Revolta dos Cabanos, Balaiada, Sabinada; na guerra civil do sul, a Revolução Farroupilha, só poude o governo central impor sua autoridade, graças a reação rápida e enérgica dos nossos homens do mar.
Muitos dos nossos líderes do passado vislumbraram, com seu idealismo, a solução para os problemas econômicos e sociais na independência das províncias. Julgavam ser possível, com o poder político descentralizado, promover o crescimento das regiões em que viviam sob o manto dos ideais libertários que advogavam.
Mostra-nos a História que se tivessem logrado seus intentos teriam repartido o país em pedaços menores e mais não teriam conseguido. É fácil esta comprovação, basta examinar o mapa político econômico da antiga América Espanhola, esfacelada, pela ação do mandonismo e do caudilhismo em mais de uma dezena de pequenos estados independentes, hoje com intransponíveis dificuldades  para  reverter seus problemas.
Dizendo presente ao momento da História, sufocamos os movimentos rebeldes do Primeiro Império e do período Regencial e impedimos a fragmentação.
Dizendo presente ao chamado da nação enviamos nossos marinheiros para os cenários das grandes guerras do século XX, honrando com a vitória à bandeira verde e amarela.
Dizendo presente, em nossos dias, continuamos garantindo a integridade e soberania de nossa Pátria.

Muito devem os brasileiro à Marinha : a glória do seu passado, a vigilância do seu presente e, certamente, a grandeza do seu futuro.
A importância da Marinha
Passagem de Tonelero.